Nem sei se fui assim tão feliz quando trabalhava aqui. O vínculo era precário, as alterações de chefia constantes e a sensação de "corda ao pescoço" latente. Simplesmente somos criaturas de hábitos e foram quatro anos a percorrer diáriamente as mesmas ruas, a ver as mesmas caras, a sentir os mesmos cheiros.
Foram quatro anos em que achei que "quando mudasse o governo", "se fizesse um bom trabalho", "continuando a minha formação" talvez abrissem concursos e eu pudesse ficar. O Governo mudou, o meu trabalho foi sempre elogiado, entretanto conclui o Mestrado e iniciei o Doutoramento e vim embora!
Tenho saudades de algumas pessoas, do estatuto inerente a trabalhar para o Ministério da Cultura, da segurança fictícia... nada mais! Trabalhar a recibos verdes não é vida, ser eternamente trabalhadora de segunda classe tendo mais habilitações e "amor à camisola" que alguns colegas também não. Continuo a sonhar um país onde a o idealismo e a competência sejam qualidades e não arestas a limar... resta-me construí-lo... noutro endereço!
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