Um ano...

No próximo dia 20 de Dezembro fazemos já um ano "de porta aberta". Somam-se as histórias, as novas amizades, a aprendizagem diária... continua a aventura!
Estão todos convidados...
Empório
Rua Silva Gaio n.º 29
Viseu
www.projectopatrimonio.com

Introdução ao cinema de animação

Bichos...

Nos dias de Outono até apetece fazer coisas... Bonecos em feltro com detalhes em "needle felting". Prenda de anos para uma menina linda no seu primeiro aniversário.

Setembro...

Setembro é tempo de fim... e igualmente de recomeço. Embora os meus dias não tenham encontrado ainda um ritmo próprio pelo qual se pautem é bom repetir anualmente pequenos gestos criadores de ordem.
Setembro é tempo de conservas! Quando a fruta ainda abunda no quintal, mas ameaça estragar-se é tempo de deitar mãos à obra. Não sou muito fã de doces pelo que abandonei as geleias e compotas, mas gosto imenso de fruta em calda.
As receitas que sigo são tiradas deste livro que o R. me deu e que continuo a adorar.

Peras e pessegos da horta.


Descascar, cortar, colocar em frascos esterilizados e cobrir com calda de açucar (600g de açucar para 1 litro de água).

Num tacho largo colocar uma toalha dobrada em quatro, encher com água até meio e acondicionar os frascos mal fechados. Levar a ferver por vinte minutos. Fechar hermeticamente, acrescentar água a ferver de forma a cobrir os frascos e ferver por mais vinte minutos.

Deixar arrefecer "de cabeça para baixo" e guardar em sítio escuro e fresco até consumir. Aguentam-se váris meses em perfeitas condições e o sabor é óptimo...

Inquietação...

Inquietação!
A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes
São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei... ainda
Há sempre qualquer coisa que está para acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei... ainda
Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas
Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Para ficar pelo caminho
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei... ainda
Há sempre qualquer coisa que está para acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei... ainda
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Mas sei
É que não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda

Inquietação
José Mário Branco

Porque se adivinham novos começos que não ouso ainda desvendar, porque este medo surdo da vida em dias de difícil acordar talvez seja apenas... inquietação!

Botões Osul

Cartelas de Botões fabricados pela fábrica Osul nas décadas de 50/60 do século XX. As variadas produções desta fábrica cada vez me surpreendem mais e nunca tinha encontrado qualquer referência à produção de botões.
"A fábrica “Luso-Celulóide” é criada em 1944, em Espinho, por dois irmãos, Artur e Afonso Henriques. A sua produção era originalmente orientada para as bijuterias, mas devido a períodos de menor laboração e visando um maior aproveitamento do material rejeitado cedo se dedica também ao fabrico de brinquedos – produção pela qual viria a ser mais conhecida. Na década de 50 dá-se uma cisão na sociedade, com a saída de Afonso que cria, igualmente em Espinho, a fábrica de brinquedos Hércules. A Luso-Celulóide passa então a designar-se Osul e em meados dos anos 60 Metosul." in Ficha de Fábrica Osul www.projectopatrimonio.com

Colheitas de Verão...

Pasta de tomate

Nesta altura do ano não damos vazão à quantidade de tomates produzidos na nossa pequena horta e, nada melhor do que preservar para o Inverno.
Colher
Triturar
Coar para remover as peles e sementes
Colocar num saco de pano e deixar escorrer durante 48 horas, de preferência dentro do frigorífico, de modo a retirar a maior quantidade de água possível. O líquido daqui resultante se misturado com hortelã e sumo de limão dá uma excelente bebida refrescante.
Retirar do interior do saco, pesar e adicionar 15g de sal por cada 100g de pasta de tomate.
Colocar num recipiente de vidro ou barro vidrado (nunca plástico) e cobrir com azeite de modo a que a pasta de tomate não fique em contacto com o ar e guardar... ou consumir. Aguenta-se largos meses e é deliciosa adicionada a guisados e molhos substituindo (para melhor) a pasta de tomate comprada.

Publicidade incisiva...

Não era tão bom quando a publicidade era assim, simples e incisiva?
Cartazes publicitários dos anos 40/50. Disponíveis em projectopatrimonio.com

Casa...

Apesar do calor, do cansaço, da ausência de férias... sabe bem estar em casa!

Flores...

De cebola...



De rosa...


De...
Para mim casa sem flores não é casa, ou pelo menos não é lar. Cresci com essa imagem romântica de sábados de mercado, ou domingos de passeio no monte, em que regressávamos sempre, eu e minha mãe, carregadas de braçados de flores.
Para mim, mulher é ser de flores, o amor exige flores...
Quando não tenho flores em casa é porque não moro em mim. Por estes dias enfeitam todos os recantos...

Perigo...

Elefantes?! Sinal de trânsito insólito algures na Serra do Caldeirão.
Este ano não temos tempo para tirar férias de verdade (o que me deixa bastante rabugenta) mas sempre se consegue aproveitar um fim-de-semana ou outro. No último fomos passear pelo sul do país e visitar a Serra do Caldeirão, que nenhum de nós conhecia. A paisagem é bonita, embora depois da milésima curva se anseie por chegar ao fim da serra e voltar à planície.
Numa dessas curvas surgiu-nos a espantosa placa que não podia deixar de fotografar... a manada de elefantes passou-me ao lado, mas ver o sinal já foi bastante divertido!

Cápsula do Tempo

Xarope de flor de sabugueiro

Depois de coado é engarrafado e adicionado a água fresca, vinho branco ou champanhe faz uma bebida deliciosa.
Receita: 15 cachos de flor de sabugueiro, 500ml de água, 1 limão e 900g de açucar.
Colocar o sabugueiro, o limão e o açucar numa tigela e adicionar a água a ferver, mexer até ao açucar se dissolver e deixar repousar num local fresco e escuro durante quatro dias. Coar e colocar em garrafas esterilizadas.
Depois é só guardar e saborear a Primavera o ano inteiro.

Couto, Lda.

Adoro publicidade antiga e quando a mesma versa sobre produtos ainda hoje no mercado é particularmente interessante. A pasta Couto continua a ser a minha preferida e, só não a uso sempre, porque não é vendida em qualquer lado e, a sua aquisição obriga a uma visita a uma farmácia ou drogaria.




A pasta de dentes associada ao baton, como produto não só de hijiene mas de beleza e, a imagem glamorosa da mulher, pressupunham uma estratégia de marketing concreta, mas criaram imagens intemporais. Publicidade dos anos 40/50.

Frutos do mar

Camarinhas

São mais bonitas do que saborosas, mas o seu paladar levemente ácido e textura crocante combinam com os dias lentos de Verão.
Comer estes frutos, que crescem em pequenos arbustos nas zonas costeiras do país, significa que fui "ver o mar", o que, para quem mora no interior do país, não é coisa de somenos importância!
Mesmo sem férias à vista há pequenos momentos de pausa, pequenos rituais tantas vezes revisitados, que recarregam as baterias e permitem voltar à labuta. São assim as camarinhas, compradas no mercado do peixe... à beira mar!

Pôr a mão na massa...

Literalmente! Já tinha feito massa fresca anteriormente, mas o trabalho que dava esticá-la com o rolo não compensava de todo. Finalmente encontrei uma máquina de fazer massa que não só estica como corta em esparguete e tem regulador de espessura.
O sabor é totalmente diferente, em relação ás massas compradas, mesmo as frescas, embora se calhar o facto de os ovos serem das nossas galinhas também ajude...
A receita que utilizei é a tradicional: um ovo e cem gramas de farinha por pessoa. Sucesso garantido!

Ontem e Hoje

Foto Germano e Luís confrontam, através da imagem, Viseu de "ontem e hoje".
Dia 14 de Julho, pelas 22.00h na Empório.
Rua Silva Gaio n.º 29
Viseu

Estão todos convidados...

O Estado da Nação...

Desenho de Rafael Bordalo Pinheiro.

Mais uma zincogravura/carimbo do lote que comprámos... o difícil é resistir a ficar com ele para mim!

www.projectopatrimonio.com

Cantar de galo...

Sempre gostei do "Galo de Barcelos" e das múltiplas utilizações da sua imagem, mas este saco de arroz é sem dúvida das minhas preferidas!

Este é para a Lia que viaja hoje para lá do Atlântico, por muito tempo, e colecciona Galos de Barcelos.

A arte de ser Tipógrafo

Por ocasião do 40º aniversário da “Tipografia Viseense”, sob a sua actual forma e gerência (de Marcelino Gonçalves de Lima) surge mais uma “Conversa ao Balcão” desta feita sobre a Arte de ser Tipógrafo e a sua evolução ao longo do tempo.
Contamos para esse efeito com a presença dos Srs. Marcelino Gonçalves de Lima e Carlos de Lima, pai e filho que, numa abordagem técnica e pessoal, nos conduzirão pela “arte de copiar em caracteres de metal”.
A esta conversa seguir-se-á uma visita guiada à “Tipografia Viseense” numa oportunidade única de contactar com este património industrial visiense pela mão de quem o “criou”.
Portanto no dia 20 de Junho de 2009, pelas 15 horas, cá estaremos para ouvir, ver e aprender.

Empório
Rua Silva Gaio, n. 29 Viseu
http://www.projectopatrimonio.com/

Atarefada!

Aterefada... mas feliz! Nos últimos tempos não tenho tido mãos a medir, de tal maneira que nem tempo para escrever aqui tenhho arranjado, mas apesar de tudo ando muito feliz.

O nosso "sonho" celebra seis meses no próximo sábado e aos poucos vão-se concretizanso ideias e esperanças.

Não está ganha a batalha, nem tão pouco, mas o sentimento é de tudo menos de derrota!

Entre muitos outros projectos já concluídos ou ainda embrionários abrimos ontem uma exposição sobre a ilustração portuguesa no Forum Viseu.

A exposição procura fazer o contraponto entre a obra plástica em suporte convencional de artistas como Almada, Lima de Freitas ou Malangatana e a obra em suporte "livro". A montagem até ás 4.30 da manhã faz abundar o sono e o cansaço... mas sabe bem!

É esta a maior magia de todas transformar áreas de interesse pessoais, alimentadas a dois durante anos, em projectos profissionais!

Conversas ao Balcão - Empório

“O Nós e o Outro: Uma Viagem pelo Mundo das Colecções Etnográficas
O que define um objecto etnográfico? O que o distingue e diferencia dos chamados objectos de arte ou até dos objectos de uso comum? Porque os coleccionamos e preservamos? Que histórias encerram e como foram elas interpretadas ao longo do tempo?
Propõe-se a reflexão e troca de ideias em torno de uma tipologia de objectos pouco conhecida, pouco explorada e no entanto tão reveladora da nossa relação com o mundo – o que está próximo e o que está longe.”

A Dr.ª Lia Jorge estará na EMPÓRIO, para abordar a temática que se apresenta supra, em nova “Conversa ao Balcão”. Licenciada em História da Arte pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto; BA (hons) em Organic Conservation pelo Camberwell College of Arts (Londres) e Mestre em Museologia (ISCTE, Lisboa), fez o seu percurso em torno à Etnografia e aos objectos abarcáveis por essa ciência, do entendimento teórico ao seu manuseio. Dia 06 de Junho, pelas 15 horas, um pouco de tudo isso partilhará connosco.

EMPÓRIO
Rua Silva Gaio n.º 29
3500-203 Viseu

Pediram-me para divulgar...

Ourivesaria Popular Portuguesa

Será no dia 09 de Maio próximo que a Dr.ª Rosa Maria dos Santos Mota – Investigadora e Mestranda em Artes Decorativas – Ourivesaria (U.C.P. – Porto) – estará presente na EMPÓRIO para mais uma “Conversa ao Balcão”, pelas 15 horas. Nas suas próprias palavras:
“Um enorme leque de motivos governa o desejo individual para possuir e usar jóias. Elas reflectem o conceito íntimo que cada um tem de si, ou deseja projectar para os outro e a visão que família, amigos, pares e meio social e cultural têm delas. São um bem transportável, uma arte íntima, que pode ser usada e constantemente apreciada, servem uma função e detêm um poder mágico ligado ao irracional de cada um e ao imaginário de todos nós. Expressam uma estética podendo estar ligadas a conceitos contemporâneos ou a conceitos tradicionais. É sobre estas últimas de que iremos falar, sobre as jóias que integram a ourivesaria popular portuguesa, as suas tipologias e as vivências que elas provocam no quotidiano de cada pessoa que as adquire e em cada mulher que as usa”.
Deixamos desde já o convite a todos quantos possam assistir e um especial agradecimento a quem nos trará um Sábado diferente.

EMPÓRIO
Rua Silva Gaio n.º 29
3500-203 Viseu

Adiamento...

Adiamento
Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado;
mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o rnundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-me toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.
Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...
O porvir... Sim, o porvir...

Álvaro de Campos, in "Poemas" Heterónimo de Fernando Pessoa

25 de Abril

A croça

Postal: Costumes da Beira Alta, Foto-Germano.

Traje tradicional da Beira Alta é igualmente apelidado de caroça, palhoça ou capucha de junco. Actualmente em vias de extinção devido à vulgarização das capas de plástico foi usado durante séculos para proteger do frio e principalmente da chuva os pastores da região.
Realizado em junco entrançado e com largas franjas sobrepostas podia apresentar diversos modelos, mais ou menos elaborados, indo desde os “aventais” ás capas ou “capas com capucha”. A sua realização é difícil e morosa, uma vez que o junco para ser maleável tem que estar molhado, ocupando vulgarmente os serões de Inverno ou os dias de chuva e levando em média o equivalente a dia e meio de trabalho.
Ver "Artes e Tradições de Viseu".

Novo espaço e... surpresa!

O espaço deste mês é um escritório dos anos 60 e logo no primeiro dia tivemos uma "visita" muito especial! Curiosos? Então espreitem http://www.viseu.tv/.

A toda a equipa o nosso muito obrigada!

Primavera

Este ano fiquei sem saber em que dia ao certo começa a Primavera. Cresci a aprender que começava dia 21 de Março, mas este ano, aparentemente começou dia 20 ás 20.00 h...
O importante é que veio para ficar! Inquilinos esperam-se!

Rafael Bordalo Pinheiro

Faz hoje anos 163 anos que nasceu Rafael Bordalo Pinheiro. Pela ironia satírica que lhe era tão natural, pela beleza naturalista das formas que tão bem soube modelar será sempre um dos meus artistas preferidos. Para saber mais http://projectopatrimonio.com/

Que lata!!!

Lata de chocolates "Regina" decorada com cenas do filme da Disney "Cinderela" de 1950.

Ás vezes custa ver as peças partir, mesmo quando sei que encontraram "uma boa casa" e vão ser devidamente apreciadas...