quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Setembro...

Setembro é tempo de fim... e igualmente de recomeço. Embora os meus dias não tenham encontrado ainda um ritmo próprio pelo qual se pautem é bom repetir anualmente pequenos gestos criadores de ordem.
Setembro é tempo de conservas! Quando a fruta ainda abunda no quintal, mas ameaça estragar-se é tempo de deitar mãos à obra. Não sou muito fã de doces pelo que abandonei as geleias e compotas, mas gosto imenso de fruta em calda.
As receitas que sigo são tiradas deste livro que o R. me deu e que continuo a adorar.

Peras e pessegos da horta.


Descascar, cortar, colocar em frascos esterilizados e cobrir com calda de açucar (600g de açucar para 1 litro de água).

Num tacho largo colocar uma toalha dobrada em quatro, encher com água até meio e acondicionar os frascos mal fechados. Levar a ferver por vinte minutos. Fechar hermeticamente, acrescentar água a ferver de forma a cobrir os frascos e ferver por mais vinte minutos.

Deixar arrefecer "de cabeça para baixo" e guardar em sítio escuro e fresco até consumir. Aguentam-se váris meses em perfeitas condições e o sabor é óptimo...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Inquietação...

Inquietação!
A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes
São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei... ainda
Há sempre qualquer coisa que está para acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei... ainda
Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas
Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Para ficar pelo caminho
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei... ainda
Há sempre qualquer coisa que está para acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei... ainda
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Mas sei
É que não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda

Inquietação
José Mário Branco

Porque se adivinham novos começos que não ouso ainda desvendar, porque este medo surdo da vida em dias de difícil acordar talvez seja apenas... inquietação!