quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Teatro Viriato


Um dos meus maiores receios ao trocar o Porto e as proximidades da Casa da Música pela "Senhora da Beira" era a falta de oferta cultural de qualidade. Não podia estar mais enganada! Viseu já não é de todo a cidade que deixei dez anos atrás.

Temos os ciclos do CineClub todas as terças (pena começarem tão tarde), os novos Museus e Galerias, o Teatro Viriato com uma programação variada e de extrema qualidade, a Acert que continua em grande e várias iniciativas particulares bastante originais como "O Lugar do Capitão".

O meu receio agora é não conseguir acompanhar a oferta...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Compostagem







Rendi-me completamente ao processo da compostagem e não há desperdício orgânico que vá para o lixo. As vantagens são múltiplas, não só se obtém um adubo de alta qualidade e 100% ecológico como se evita que toneladas de desperdíciosacabem em lixeiras e aterros. Desde que comecei a compostagem que o nº de sacos do lixo "não reciclável" diminuiu considerávelmente.



O modelo das fotos é adequado a pequenas hortas, mas para quem mora num apartamento existem outras versões como as "Quintas de minhocas" que produzem não só composto mas um líquido fertilizante óptimo para regar as plantas.



Ao contrário do que se possa imaginar não cheira mal nem atrai insectos desde que se use correctamente! Podem ser colocados restos de vegetais e fruta crus, cascas de ovos, pacotes de chá, borras de café e papel, bem como restos do jardim (ramos, ervas, palha). NUNCA colocar gordura, restos cozinhados ou carne!



Em Portugal não encontrei muita informação, mas estes sites têm alguns conselhos úteis: http://www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/download/cit012.pdf






segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Escola


Esta é a "recriação" de uma escola "Estado Novo" que fizémos na loja. Todos os produtos são originais, desde as carteiras, aos livros e ardósias, demorou algum tempo a reunir tudo, mas valeu a pena! A ideia é todos os meses criarmos um espaço diferente...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Bilhete Postal (1931)



Acho que vou ser sempre assim, eternamente intrometida em vidas alheias, gostando de colecionar pedaços de enredos de que imagino o final.


Fazem-me sempre parar para pensar os postais antigos, não só pela sua qualidade estética, mas pelas particulas de vida que encerram, por tudo o que deixam antever.


Nem que mais não seja as cambiantes na noção de beleza feminina, em que da cobiçada tez branca, sinónimo de estatuto e ausência de necessidade de trabalhar fora de casa, se passou a admirar a cor "trigueira" ainda que conseguida à custa de Autobronzeadores de aplicação caseira.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A Capucha


"A capucha é um agasalho muito usado ainda hoje pelos homens e mulheres de muitas aldeias de concelhos do distrito: Viseu, Vouzela, Vila Nova de Paiva, Moimenta da Beira, Tondela, Castro Daire, etc.

É ordinariamente de burel de fabrico caseiro, havendo-as também destinada especificamente para os domingos e dias de festa, duma espécie de saragoça preta, muito lustrosa, a que chamam briche.

Apoiada na cabeça, a capucha cai livremente envolvendo o corpo até abaixo das ancas, permitindo uma enorme liberdade de movimentos e o seu uso durante os trabalhos mais diversos.

Se é preciso conduzir um "carrego" - pesadas canastras, enormes molhos de lenha, pastos ou outros fardos, de toda ela faz a serrana boa e cómoda almofada (rodilha, rodoiça ou matula), para à cabeça os levar.

Se precisam de levar cereais, hortaliças ou quaisquer outros objectos e não têm à mão em que melhor os possam conduzir, sem a tirar da cabeça fazem duma das pontas uma espécie de saca e com grande facilidade se arranja e leva uma espécie de saca e com grande facilidade se arranja e leva uma grande "arregaçada" ou "pontada", como vulgarmente dizem.

Se precisam de agasalhar ou levar ao colo uma criança, dela fazem berço. Sem a tirar da cabeça, deitam as serranas os filhinhos sobre uma das suas pontas e passando a outra por baixo desta, os levam enfardados e estendidos como se num berço estivessem.

Assim as vemos transportando pesados "carregos" à cabeça ou fazendo qualquer serviço, pois não precisam das mãos e braços para os segurarem."

S.a. - Artes e Tradições de Viseu.Lisboa: Terra Livre,Direcção Geral da Divulgação, 1982

Começar de novo!




Depois de seis meses de trabalho intensivo o sonho ganhou forma! Pintámos, esfregámos, recolhemos móveis de amigos e familiares e demos voltas à imaginação para esticar o dinheiro, mas finalmente conseguimos abrir portas.


Esta é apenas a primeira fase de um projecto que inclui também uma loja online e a prestação de serviços na área do património (inventários, estudos genealógicos, investigação), mas é muito recompensador ver a obra começar a ganhar forma!


Tenho calos nas mãos, tinta nos sapatos e olheiras até ao nariz, mas sem dúvida um grande sorriso nos lábios!!

Neve!


Uma das vantagens de ter mudado de uma grande cidade (Porto) quase para o campo (arredores de Viseu) é sem dúvida poder apreciar a natureza em todo o seu esplendor! Não se trata apenas da transformação visual de uma paisagem sob o branco, aqui, ouve-se cair a neve nos beirais, sente-se na pele o frio intenso e a suspensão da vida.

Saudades


Nem sei se fui assim tão feliz quando trabalhava aqui. O vínculo era precário, as alterações de chefia constantes e a sensação de "corda ao pescoço" latente. Simplesmente somos criaturas de hábitos e foram quatro anos a percorrer diáriamente as mesmas ruas, a ver as mesmas caras, a sentir os mesmos cheiros.

Foram quatro anos em que achei que "quando mudasse o governo", "se fizesse um bom trabalho", "continuando a minha formação" talvez abrissem concursos e eu pudesse ficar. O Governo mudou, o meu trabalho foi sempre elogiado, entretanto conclui o Mestrado e iniciei o Doutoramento e vim embora!

Tenho saudades de algumas pessoas, do estatuto inerente a trabalhar para o Ministério da Cultura, da segurança fictícia... nada mais! Trabalhar a recibos verdes não é vida, ser eternamente trabalhadora de segunda classe tendo mais habilitações e "amor à camisola" que alguns colegas também não. Continuo a sonhar um país onde a o idealismo e a competência sejam qualidades e não arestas a limar... resta-me construí-lo... noutro endereço!

Mudar de vida


Mudar de casa... de cidade... de trabalho! Encaixotam-se anos de vida, arrumam-se sonhos e adiam-se as saudades a evitar!